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Taeko Okajima trabalha em um escritório na cidade e está chagando numa etapa da vida em que precisa decidir se casa e constitui família ou se foca na carreira. Ela resolve arrumar um trabalho de férias com suas cunhadas numa fazenda em Yamagata, e começa a refletir sobre os alguns eventos de sua infância. Percebendo aos poucos como ela se tornou a pessoa que é, deve decidir como deseja lavar sua vida a partir daí.
Mais uma vez, Isao Takahata nos insere na vida cotidiana das pessoas comuns do Japão. Apesar de os padrões sociais e sexuais terem mudado, ainda e difícil para as mulheres combinarem uma carreira bem sucedida com a vida familiar, e apesar de a história se passar em 1982, as preocupações de Taeko são as mesmas das mulheres de hoje. Escolher entre a rotina da cidade e uma dinâmica mais lenta e íntima numa pequena comunidade pode ser mais desafiador do que parece.
A história foi adaptada do mangá de Hotaru Okamoto e Yuko Tone (1987), e mostra mais a pequena Taeko de 10 anos do que a adulta; Takahata usa os traumas e dramas infantis como pano de fundo para sua vida, desenhando a mulher que ela se tornaria. As memórias de Taeko se passam em 1966, e vão e vem, se contrapondo com o presente, dividindo o mesmo espaço, sem pistas no desenho, musica, ou transição de imagens. Em vez disso, o presente é criado com uma animação realista, do tipo que se espera do Studio Ghibli, mas a arte do passado é sempre em aquarela, levemente embaçado nas bordas, literalmente dando foco a seu ‘eu’ infantil. Pode-se dizer que se trata e um filme sobre viagem no tempo, mas de uma maneira muito mais íntima e subjetiva do que se pode imaginar.
Na história de Taeko podemos ver as mudanças que todos sofremos ao longo da vida – como uma criança brilhante e verdadeira pode se tornar num adulto conformista e estagnadoa; como as crianças podem ser crueis na tentativa de se enturmarem; como o medo, ou o amor, podem nos fazer rejeitarmos oportunidades. Taeko precisa recuperar o brilho de sua infância, para compreender completamente e realizar seus desejos e aspirações de mulher.
No estilo deste filme, vemos o respeito de Takahata pelo cinema naturalista de Yasujiro Ozu e Jean Renoir, sua paixão pelo interior do Japão, e seu amor pela natureza. A sequencia em que Taeko e sua família estão no campo ao amanhecer, trabalhando enquanto o sol nasce, e magnífica e bem construída – um tributo a parceria e harmonia artística entre Takahata e o diretor de animação Yoshifumi Kondo, falecido em 1998. Observar o político no pessoal, a influência que grandes mudanças tem em pequenas vidas, ser capaz e apresentar isso de maneira doce e bela, e um dom raro.
Only Yesterday (Omohide Poro Poro) nunca foi lançado no Brasil.
Ficha Técnica
Titulo: Only Yesterday
Titulo Original: Only Yesterday (Omohide Poro Poro)
Direção: Isao Takahata
Produção: Hayao Miyazaki
Roteiro: Isao Takahata
Música: Masaru Hoshi
Ano de Lancamento: 1991
País: Japão
Gênero: Animação/Drama
Estúdio: Studio Ghibli
Duração: 118 min.
Confira o trailer:
Mais uma vez, Isao Takahata nos insere na vida cotidiana das pessoas comuns do Japão. Apesar de os padrões sociais e sexuais terem mudado, ainda e difícil para as mulheres combinarem uma carreira bem sucedida com a vida familiar, e apesar de a história se passar em 1982, as preocupações de Taeko são as mesmas das mulheres de hoje. Escolher entre a rotina da cidade e uma dinâmica mais lenta e íntima numa pequena comunidade pode ser mais desafiador do que parece.
A história foi adaptada do mangá de Hotaru Okamoto e Yuko Tone (1987), e mostra mais a pequena Taeko de 10 anos do que a adulta; Takahata usa os traumas e dramas infantis como pano de fundo para sua vida, desenhando a mulher que ela se tornaria. As memórias de Taeko se passam em 1966, e vão e vem, se contrapondo com o presente, dividindo o mesmo espaço, sem pistas no desenho, musica, ou transição de imagens. Em vez disso, o presente é criado com uma animação realista, do tipo que se espera do Studio Ghibli, mas a arte do passado é sempre em aquarela, levemente embaçado nas bordas, literalmente dando foco a seu ‘eu’ infantil. Pode-se dizer que se trata e um filme sobre viagem no tempo, mas de uma maneira muito mais íntima e subjetiva do que se pode imaginar.
Na história de Taeko podemos ver as mudanças que todos sofremos ao longo da vida – como uma criança brilhante e verdadeira pode se tornar num adulto conformista e estagnadoa; como as crianças podem ser crueis na tentativa de se enturmarem; como o medo, ou o amor, podem nos fazer rejeitarmos oportunidades. Taeko precisa recuperar o brilho de sua infância, para compreender completamente e realizar seus desejos e aspirações de mulher.
No estilo deste filme, vemos o respeito de Takahata pelo cinema naturalista de Yasujiro Ozu e Jean Renoir, sua paixão pelo interior do Japão, e seu amor pela natureza. A sequencia em que Taeko e sua família estão no campo ao amanhecer, trabalhando enquanto o sol nasce, e magnífica e bem construída – um tributo a parceria e harmonia artística entre Takahata e o diretor de animação Yoshifumi Kondo, falecido em 1998. Observar o político no pessoal, a influência que grandes mudanças tem em pequenas vidas, ser capaz e apresentar isso de maneira doce e bela, e um dom raro.
Only Yesterday (Omohide Poro Poro) nunca foi lançado no Brasil.
Ficha Técnica
Titulo: Only Yesterday
Titulo Original: Only Yesterday (Omohide Poro Poro)
Direção: Isao Takahata
Produção: Hayao Miyazaki
Roteiro: Isao Takahata
Música: Masaru Hoshi
Ano de Lancamento: 1991
País: Japão
Gênero: Animação/Drama
Estúdio: Studio Ghibli
Duração: 118 min.
Confira o trailer:
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