sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

2 Coelhos e Fabio Poyart


O filme de estreia do diretor Afonso Poyart nas telonas é quase também uma estreia do cinema nacional em terreno até então pouco explorado. Afonso Poyart já faturou vários prêmios internacionais nos 11 anos de sua carreira publicitária e em 2005 o seu curta “Eu Te Darei o Céu”, faturou quatro Kikitos em Gramado e prêmios no Festival do Rio.
Mais hoje vamos falar sobre seu mais novo trabalho o 2 coelhos e porque não falar que é genial, sensacional, maravilhoso e incrivelmente inteligente.

No Brasil, o gênero de ação parece dialogar com mais facilidade com produções centradas no realismo urbano – caso do megassucesso de 2010, Tropa de Elite 2, dirigido por José Padilha. Em 2 Coelhos, Poyart deixa de lado essa linguagem já assimilada pelo grande público (Tropa 2 fez mais de 10 milhões de espectadores), para investir em referências pop, perseguições hollywoodianas e uma trama de gato e rato pouco comum que lembram muito o trabalho do Guy Ritchie.
Eu me lembro de quando eu fui assistir ao Tropa de Elite 2 no Teatro Municipal de Pauíinia, lotadérrimo e havia pessoas que todas as classes e idades, mais na hora que o Capitão Nascimento, sai nos tapas com o Deputado, todo o público foi ao delírio e no 2 coelhos aconteceu a mesma coisa, era uma surpresa atras da outra.

Orçado em 4 milhões de reais e rodado em várias locações de São Paulo, 2 Coelhoscontou com uma super equipe de produção:

  • Responsável por explosões de até 30 metros de altura, pelos 2000 disparos de festim e perseguições que não ficam devendo nada a muitas produções da terra do tio Sam ficaram com a Farjalla FX.
  • Os efeitos foram realçados pela pós-produção coordenada pelo experiente Maurício Fauer.
  • Parte das cenas em 3D , como a sequencia em que Alessandra Negrini luta contra os bonecos, foram feitas em Londres pela produtora Mary Post
  • Na fotografia o destaque vão para as cenas filmadas com a câmera Phantom que registra mil quadros por segundo e que foi usada em produções como Matrix ( dos irmãos Wachowski) e A Origem ( Christopher Nolan). E a trilha sonora muito legal traz desde Radiohead até a fase mais punk dos Titãs, sob a batuta de Marcio Nigro e Andre Abujamra.
Sinopse:
Edgar (Fernando Alves Pinto) é um jovem que acabou de voltar de uma temporada de dois anos em Miami (e nós não sabemos bem o porquê). “Cansado de ser espremido entre a criminalidade e a poder público corrupto”, ele resolve bolar um plano que faz colidir bandidos e políticos desonestos (de certa forma, um pleonasmo). Essa narrativa introdutória, o espectador verá, não é lá muito útil ou necessária para acompanhar o desenrolar do filme. Aos poucos, a trama que se esconde por trás da inquietação de Edgar vem à tona, e revelá-la previamente pode estragar o prazer de ver o protagonista cada vez mais, digamos, enrolado.



Informações retiradas do site Só cinema.

Um comentário:

  1. Também gostei muito desse filme, espero ver mais coisas do tipo no futuro do cinema brasileiro.

    ResponderExcluir