quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Belas Artes vai fechar as portas em São Paulo


Uma das piores notícias que eu esperava postar por aqui, recentemente eu vi uma reportagem do programa Urbano que havia sido gravado no Japão, sobre um teatro o Kabuliza que originalmente fora erguido em 1889, que há mais de meio seculo apresentava peças fantásticas de Kabuki, iria ser demolido.
Olha a foto do prédio:

Segundo a companhia Shochiku, proprietária do teatro, a casa de apresentações será reconstruída no topo do prédio de 49 andares. A contrução, de acordo com a empresa, utilizará ornamentos do teatro original.

Agora hoje, a primeira coisa que eu vejo ao entrar na internet é que nosso grandioso cinemaestá com os dias contados.




Segundo o Jornal Folha de SP, O Belas Artes, um dos mais antigos cinemas de São Paulo, se prepara para as últimas sessões. No dia 30 de dezembro, uma notificação judicial avisou: o imóvel, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, tem de ser entregue até fevereiro.





Terminará, assim, uma história iniciada em 1943. Terminarão assim os "Noitões" que, nos últimos anos, chegaram a reunir, madrugada adentro, mil pessoas.

A ameaça de fechamento do cinema veio a público em março de 2010, quando o HSBC pôs fim ao patrocínio. André Sturm, o proprietário, começou então a bater à porta de algumas empresas, atrás de nova parceria.

Conversa daqui, conversa dali e, em novembro passado, foi acertado novo apoio. A minuta do contrato estava sendo finalizada quando veio a surpresa. "O proprietário disse que queria o imóvel de volta porque ia abrir uma loja lá", diz Sturm.

Sturm conta que havia se comprometido a pagar um novo valor de aluguel, de R$ 65 mil, assim que fechasse o patrocínio. "Tínhamos um acordo, mas ele não cumpriu", diz o dono do cinema.

Procurado, o proprietário do imóvel, Flávio Maluf (que não é filho de Paulo Maluf), não precisou sequer ouvir uma pergunta. A identificação da reportagem da Folha foi suficiente para que dissesse não ter nada a declarar.

"Ligue para o meu advogado", recomendou. Enquanto ditava nome e telefone, interrompeu a fala e perguntou: "Mas é a respeito do quê?". Informado, ensaiou uma explicação: "Perderam o prazo... Não tenho nada a declarar". O advogado não retornou as ligações.

Maluf passou a responder pelo imóvel há dois anos, quando seu pai morreu. "Venceu a visão mesquinha", diz Sturm.

Ontem, os 32 funcionários receberam o aviso prévio.




2 comentários:

  1. Meu!! Não pode uma coisa dessas! :S

    Num teve jeito mesmo?
    Isso não foi divulgado em muitos lugares foi? (num vou saber nem se foi mesmo...)

    Triste e ridículo...

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