O cachorro (inu) chegou ao Japão provavelmente junto com os povos que imigraram do continente para as ilhas no período pré-histórico japonês (Jômon) e, desde essa época, tornou-se um dos animais mais próximos do homem, assim como ocorreu no Ocidente.
Na Era Heian (794~ 1185) a figura do cachorro já aparecia em diversos gêneros literários, como romances, crônicas, ensaios e até em textos budistas. Contudo, uma das histórias mais curiosas sobre a relação entre o cachorro e o homem japonês é a do xogum Tsunayoshi Tokugawa, quinto xogum da Era Edo (1600~1868).
Na Era Heian (794~ 1185) a figura do cachorro já aparecia em diversos gêneros literários, como romances, crônicas, ensaios e até em textos budistas. Contudo, uma das histórias mais curiosas sobre a relação entre o cachorro e o homem japonês é a do xogum Tsunayoshi Tokugawa, quinto xogum da Era Edo (1600~1868).
Nascido no ano do cachorro no horóscopo chinês, seu amor pelos cães era tão grande que ele, em 1687, criou uma lei proibindo os maus-tratos aos animais. Além disso, criou uma espécie de escritório para assuntos caninos, nomeou vários cães para cargos oficiais, construiu abrigos para cachorros abandonados em torno de Edo (Tóquio) e exigiu que todos esses animais fossem registrados para que pudessem receber benefícios do governo. Essas medidas fizeram com que Tsunayoshi ficasse conhecido pela alcunha inu shogun (xogum cachorro).
Já no folclore japonês, o cachorro aparece como uma figura protetora, tradição essa que veio das crenças ritualísticas do norte da Ásia. Inicialmente no Japão, acreditava-se no cachorro como um ser capaz de incorporar o espírito da divindade da montanha (yama no kami), com o objetivo de proteger as plantações de outros animais selvagens. Com o tempo, o caráter protetor do cachorro expandiu-se para a proteção contra incêndios, roubos e até dificuldades no parto.
Apesar dessa imagem positiva que o cachorro possui no Japão, na Língua Japonesa existem expressões depreciativas que remetem a eles, como: inujini suru (morrer em vão).
Já no folclore japonês, o cachorro aparece como uma figura protetora, tradição essa que veio das crenças ritualísticas do norte da Ásia. Inicialmente no Japão, acreditava-se no cachorro como um ser capaz de incorporar o espírito da divindade da montanha (yama no kami), com o objetivo de proteger as plantações de outros animais selvagens. Com o tempo, o caráter protetor do cachorro expandiu-se para a proteção contra incêndios, roubos e até dificuldades no parto.
Apesar dessa imagem positiva que o cachorro possui no Japão, na Língua Japonesa existem expressões depreciativas que remetem a eles, como: inujini suru (morrer em vão).
Já o gato doméstico (neko) não é nativo do Japão. Trazido da China e da Coréia juntamente com o Budismo, por volta de 538 (ou 552) d.C., ele veio com o objetivo de proteger os textos sagrados dos possíveis danos causados por ratos. Cada templo budista tinha, no mínimo, dois gatos para essa missão.
O primeiro nome dado a um gato foi registrado na Literatura Japonesa. Myôbu no Otodo (Dama de companhia do Palácio Interior), é uma personagem que aparece na obra Makura no Sôshi (O Livro-Travesseiro) de Sei Shônagon. O nome foi dado a uma gata pelo imperador Ichijo (980-1011) e, segundo a narrativa, o animal gozava de status especial na corte, com damas de companhia encarregadas de seus cuidados.
Contudo, diferentemente do cachorro, o gato possui uma imagem negativa no Japão. Antigamente, acreditava-se que, como a raposa e o texugo, o gato fosse um animal assombrado, além de portador de mau agouro e amigo de fantasmas e demônios. Ainda a sua má reputação pode ser percebida, por exemplo, através de crenças muito presentes no país, como: “mate um gato e será amaldiçoado por sete gerações” ou “quando um gato é morto, eles voltam para se vingar na forma de bakeneko [gato monstro]”.
De volta à Literatura Japonesa há várias narrativas envolvendo esses animais, como a do homem com fobia de gatos, em Konjaku Monogatari (Coletânea de Narrativas de Hoje e de Outrora) ou como a do gato-narrador do romance de Natsume Sôseki Wagahai wa neko de aru (Eu sou um gato).
Um tipo de gato muito popular não só no Japão, mas também no Brasil é o manekineko, uma pequena estátua em forma de gato sentado com uma de suas patas erguida. A origem dessa imagem encontra-se numa lenda popular em que um casal de velhinhos, donos de um pequeno estabelecimento comercial, cuidou de um gato que estava ferido. Como retribuição, o gato começou a atrair clientes para a loja erguendo a pata para as pessoas que por lá passavam. Dessa forma, segundo a crença, o manekineko que tem a pata direita erguida atrai dinheiro e aquele que tiver erguida a pata esquerda atrai fregueses.
O primeiro nome dado a um gato foi registrado na Literatura Japonesa. Myôbu no Otodo (Dama de companhia do Palácio Interior), é uma personagem que aparece na obra Makura no Sôshi (O Livro-Travesseiro) de Sei Shônagon. O nome foi dado a uma gata pelo imperador Ichijo (980-1011) e, segundo a narrativa, o animal gozava de status especial na corte, com damas de companhia encarregadas de seus cuidados.
Contudo, diferentemente do cachorro, o gato possui uma imagem negativa no Japão. Antigamente, acreditava-se que, como a raposa e o texugo, o gato fosse um animal assombrado, além de portador de mau agouro e amigo de fantasmas e demônios. Ainda a sua má reputação pode ser percebida, por exemplo, através de crenças muito presentes no país, como: “mate um gato e será amaldiçoado por sete gerações” ou “quando um gato é morto, eles voltam para se vingar na forma de bakeneko [gato monstro]”.
De volta à Literatura Japonesa há várias narrativas envolvendo esses animais, como a do homem com fobia de gatos, em Konjaku Monogatari (Coletânea de Narrativas de Hoje e de Outrora) ou como a do gato-narrador do romance de Natsume Sôseki Wagahai wa neko de aru (Eu sou um gato).
Um tipo de gato muito popular não só no Japão, mas também no Brasil é o manekineko, uma pequena estátua em forma de gato sentado com uma de suas patas erguida. A origem dessa imagem encontra-se numa lenda popular em que um casal de velhinhos, donos de um pequeno estabelecimento comercial, cuidou de um gato que estava ferido. Como retribuição, o gato começou a atrair clientes para a loja erguendo a pata para as pessoas que por lá passavam. Dessa forma, segundo a crença, o manekineko que tem a pata direita erguida atrai dinheiro e aquele que tiver erguida a pata esquerda atrai fregueses.
O curioso é que, ao contrário do que se pensa no Ocidente, no Japão não se acredita na eterna rivalidade entre gatos e cachorros, mas sim entre cachorros e macacos.
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