sexta-feira, 20 de abril de 2012

Exposição resgata a memória dos povos africanos e da Colômbia

Nova exposição sera aberta agora no dia 25 de Abril, na CPFL Cultural aqui em Campinas.
. Em Memória e Altar, o visitante terá oportunidade de conhecer coleções de arte africana e da América pré-colombiana de um dos maiores acervos privados existentes no país, criado pelo professor Rogério Cezar de Cerqueira Leite ao longo de muitos anos de dedicação e pesquisa.
 A mostra, traz mais de 400 peças, entre esculturas, máscaras, objetos de materiais e tamanhos variados (madeira, marfim, bronze, entre outros, de seis centímetros a 1, 70 metro), com curadoria de Marcos Tognon (professor de História na Universidade Estadual de Campinas) e Renata Sunega (arquiteta e historiadora da arte). O acervo foi cedido em comodato pelo colecionador à Unicamp para ser utilizado, futuramente, em projetos educacionais.Em novembro, parte do acervo africano será exposto na Pinacoteca, em São Paulo.

“Durante muitos anos o professor Rogério foi adquirindo essas peças que resultaram numa coleção importante, que faz um mapeamento amplo de várias etnias da África e da América”, 

afirma a curadora Renata Sunega, destacando, ainda, o ineditismo da exposição, pela primeira vez aberta ao público na sua totalidade. Em um mesmo espaço, a estética dialoga com o religioso, afirma a curadora, através de relicários, peças em cerâmicas e esculturas com os significados dos cultos africanos e ameríndios. 
Na coleção africana, destacam-se peças da Costa do Marfim, Nigéria, Camarões, Congo, Gabão, Senegal, Angola, BurkinaFaso, Senegal, Tanzânia, Etiópia, entre outros países. O conjunto permite a contemplação de exemplares provenientes de povos com os Dan, Baolé, Anang, Yoruba, Bulu, Moba, Pende, Bantu, Pumu, Fang, Dogon e Sakuma, informa a pesquisadora Renata Bittencourt, pesquisadora e gerente de Educação Cultural do Itaú Cultural. ”Falamos de um acervo brasileiro que é valioso sobretudo por se constituir em uma amostra significativa da arte africana. Esta deveria ou poderia nos ser mais familiar, já que como brasileiros gostamos de pensar que a África se faz presente entre nós, ou melhor dizendo, em nós. No entanto, a herança da diáspora negra em nosso território, povoado de orixás, não nos garantiu, de modo geral, a familiaridade com essa tradição artística”, reflete Bittencourt. No recorte da coleção pré-colombiana, o público terá oportunidade de conhecer, através dos artefatos, povos indígenas que viveram na América antes da chegada dos primeiros colonizadores, suas sociedades e religiões.

 “À época do contato com os europeus, muitas civilizações americanas já eram milenares, tendo passado por momentos de auge e de colapso, portanto, tiveram uma trajetória histórica como qualquer outra sociedade historicamente conhecida”,

 informa o professor Alexandre Navarro, do Centro de Ciências Humanas, da Universidade Federal do Maranhão. Navarro destaca, entre outras, as cerâmicas, com acurada técnica de elaboração da sociedade tapajônica, modelado com representações de pássaros, serpentes, jacarés, morcegos e outros mamíferos que compunham seu panteão religioso. Para que o público, de modo geral, possa não somente apreciar, mas agregar valores ao seu conhecimento, serão promovidas visitas monitoradas, e um projeto educativo junto às unidades de ensino com conteúdos específicos aos alunos e professores.


 Serviço:

 Memória e Altar – Coleções de Arte Africana e Pré-Colombiana de Rogério Cezar de Cerqueira Leite Curadoria: Marcos Tognon e Renata Sunega
Local: Galeria de Arte da CPFL Cultura (Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632. Chácara da Primavera. Campinas. SP)
Período: 25 de abril a 25 de junho/2012
Horário de Funcionamento: terça-feira a sábado, das 10h as 18h* e domingos, das 10h as 16h. *Até as 22h nos dias de programação

Agendamento de grupos pelo telefone (19) 3756-8000 de terça a sexta das 10h às 17h
Entrada franca 


Fonte: Site EPTV

Nenhum comentário:

Postar um comentário